Permitam-me interromper a programação cultural para vos deixar um poema-soneto de Ary dos Santos que ouvi este domingo na Antena 1 no âmbito da Noite de Fado Académico de Coimbra e que o princípie das letras português dedicou ao seu amigo Adriano Correia de Oliveira. Nos últimos dias da sua vida, Ary dos Santos escreveu um conjunto de sonetos, entre os quais este poema que escreveu em homenagem ao seu amigo Adriano Correia de Oliveira.
"Memória de Adriano"
Nas tuas mãos tomaste uma guitarra.
Copo de vinho de alegria sã
Sangria de suor e de cigarra
que à noite canta a festa da manhã.
Foste sempre o cantor que não se agarra
O que à Terra chamou amante e irmã
Mas também português que investe e marra
Voz de alaúde e rosto de maçã.
O teu coração de oiro veio do Douro
num barco de vindimas de cantigas
tão generoso como a liberdade.
Resta de ti a ilha de um Tesouro
A jóia com as pedras mais antigas.
Não é saudade, não! É amizade.
José Carlos Ary dos Santos
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